terça-feira, 24 de junho de 2008

Adeus, vida velha (trecho 2)

"Esse trocadilho, sempre associado a otimismo ou pessimismo naquelas correntes virtuais chatíssimas, que quase sempre ele deletava antes de ler, arrematou brilhantemente suas indagações com uma outra pergunta, imensamente poderosa e carregada de milhões de significados: os dias são pequenas gotas acrescentadas ao copo ou pequenos goles findando o líquido escasso?
Um tanto espantado com a complexidade do próprio pensamento e um outro tanto cansado de digitar, carimbar, responder emails e atender telefonemas, ele sentiu vontade de dividir aquela idéia. Virou para o cara da mesa ao lado: a gente quer que a semana passe logo ou que ela nunca acabe?
O cara não desviou os olhos do micro. Ele repetiu a pergunta mais alto.
Hã?
Um telefone tocava, uma impressora imprimia, o chefe dava ordens à secretária.
Digo, a gente está quase completando mais um dia de trabalho ou perdeu um dia? Ele estava impressionado com a simplicidade do caso quando verbalizado.
O cara não pareceu surpreso. Talvez também pensasse sobre aquilo às vezes.
As duas coisas, eu acho. É mais um dia de trabalho e menos um dia para o fim de semana".

2 comentários:

Anônimo disse...

não me empolgo mais com fim de semana. se fosse quase sempre noite, já seria legal.

Juliana Freitas disse...

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